quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sonho e Jung

Foto em 1910
Carl Gustav Jung (1875-1961)

O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, baseado na observação de seus pacientes e em experiências próprias, tornou mais abrangente o papel dos sonhos, que não seriam apenas reveladores de desejos ocultos, mas sim uma ferramenta da "psique" que busca o equilíbrio por meio da compensação.Ou seja, alguém masculinizado pode sonhar com figuras femininas que tentam demonstrar ao sonhador a necessidade de uma mudança de atitude.
Na busca pelo equilíbrio, personagens arquetípicas interagem nos sonhos em um conflito que buscam levar ao consciente conteúdos do inconsciente.Entre essas personagens estão:

1)A "anima"(força feminina na psique dos homens)
2)O "animus"(força masculina na psique das mulheres)
3)A "sombra"(força que se alimenta dos aspectos não aceitos de nossa personalidade).

Esta última nos sonhos, são os vilões.Um aspecto muito importante em se atentar nos sonhos, segundo a linha junguiana, é saber como o sonhador, o protagonista no sonho (que representa o ego) lida com as forças malignas (a sombra).
Para se averiguar como, na vida desperta, a pessoa lida com as adversidades, a autoridade e a oposição de idéias.
Jung aponta os sonhos como forças naturais que auxiliam o ser humano no processo de individuação.

Ao contrário de Freud, as situações absurdas dos sonhos, para Jung
, não seriam uma fachada, mas a forma própria do inconsciente de se expressar.Para o mestre suíço, há os sonhos comuns e os arquetípicos, revestidos de grande poder revelador para quem sonha.
A interpretação de sonhos é uma ferramenta crucial para a "psicologia analítica", desenvolvida por Jung.

Abordagem psicológica

Os sonhos seriam uma demonstração da realidade do inconsciente.
Sendo estudados corretamente pode-se descrever, ou melhor, conhecer o momento psicológico do indivíduo.Fazendo uma analogia séria como uma "fotografia" do inconsciente.Por isso, o sonho sempre demonstra aspectos da vida emocional.Os sonhos têm uma linguagem própria.
Pensamos no seguinte exemplo: ao ver duas pessoas estrangeiras que falam um idioma que não é do nosso conhecimento, nunca diriamos que elas não sabem falar.Na verdade, o problema é que não conhecemos aquela língua (sua estrutura, sua gramática, etc).O mesmo acontece com os sonhos, através de sua linguagem que são os símbolos.Para entender seus variados conteúdos, temos que estudar os símbolos.
Utilizando-se do conceito de "complexos" e do estudo dos sonhos e desenhos, Jung passou a se dedicar profundamente aos meios pelos quais se expressa o inconsciente.Em sua teoria, enquanto o inconsciente pessoal consiste fundamentalmente de material reprimido e de complexos, o inconsciente coletivo é composto fundamentalmente de uma tendência para sensibilizar-se com certas imagens, ou melhor, símbolos que constelam sentimentos profundos de apelo universal, os arquétipos.

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