sexta-feira, 24 de julho de 2009

Tipos de Sonhos

Existem diferentes tipos de sonhos. As pessoas vem estudando-os, tentando entendê-los e dividindo-os em grupos.

Sonhos criativos: Pessoas que representam seus sonhos através da pintura ou mesmo através de livros.

Sonhos lúcidos: A pessoa está sonhando, sabe que está sonhando e conseguem controlar o que está acontecendo como se estivessem direcionando um filme. Essas pessoas conseguem se encontrar com outras pessoas pelo seus sonhos e depois quando acordam, descobrem que a pessoa com quem sonharam tiveram o mesmo sonho com as mesmas pessoas e as mesmas coisas.

Sonhos pesadelos: São sonhos ruins que fazem parte de nossas vidas e trazem grandes revelações. Todo pesadelo parece um filme de terror, porque sempre uma pessoa acaba acordando assustada e por medo não quer voltar a dormir. Mas, passado o susto, ficam as imagens que sempre são muito significativas.

Assim, sonhar com monstros, fantasmas significa que você está com medo de alguma coisa na vida real e que precisa ser confrontado. Se você sonhou que você está preso em algum lugar, isso significa que você está preso à uma situação na vida real.

Sonhos previsíveis: São sonhos em que a pessoa que está sonhando alega que certos eventos irá acontecer no futuro.

Sonhos repetitivos: Se você sonha com a mesma coisa mais de uma vez, isso quer dizer que alguma coisa está te preocupando na vida real.

Sonhos sensuais: Todos nós sonhamos sobre sexualidade, especialmente quando estamos passando pela fase da puberdade. É perfeitamente natural sonharmos com esse tipo de coisa em qualquer estágio de nossas vidas.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sonhos e Revelações

Oniromancia, a previsão do futuro pela interpretação dos sonhos, tem grande credibilidade nas religiões judaico-cristãs: consta na torá e na bíblia que Jacó, José e Daniel receberam de Deus a habilidade de interpretar os sonhos. No Novo Testamento, São José é avisado em sonho pelo anjo Gabriel de que sua esposa traz no ventre uma criança divina, e depois da visita dos Reis Magos um anjo em sonho o avisa para fugir para o Egito e quando seria seguro retornar à Israel.


Na história de São Patrício, na Irlanda, também figura o sonho. Quando escravizado, Patrício em sonho é avisado de que um barco o espera para que retorne à sua terra natal.

São Patrício

No Islamismo os sonhos bons são inspirados por Alah e podem trazer mensagens dininatórias, enquanto os pesadelos são consideradas armadilhas de satã.

Filósofos ocidentais eram céticos quanto ao tema religião e sonhos, por alegarem que não haveria controle consciente durante os sonhos, mas estudos recentes analisando movimentos dos olhos (REM) durante o sono mostram resultados cientificamente comprovados com sonhos lúcidos, que se contrapõem às teorias anteriores.


Pensadores e matemáticos como René Descartes e Friedrich August Kekulé Von Stradonitz também tiveram em sonhos visões reveladoras. Em 10 de novembro de 1619 Descartes em viagem à Alemanha teve uma visão em sonho de um novo sistema matemático e científico. Kekule propôs em 1865 a fórmula hexagonal do benzeno após sonhar com uma cobra que mordia a própria cauda.

René Descartes

Friedrich August Kekulé Von Stradonitz

Sonho

Thomas Edison

Existem outras correntes, que vêem o sonho de modo diverso. Alguns "neurocientistas", de modo geral, afirmam que o sonho é apenas uma espécie de tráfego de informação sem sentido que tem por função manter o "cérebro" em ordem. Essa teoria só não explica como esses enredos supostamente desconexos são responsáveis por grandes insigths, como em Thomas Edison, por exemplo. Edison, que estava a desenvolver o "fonógrafo" e dormia muito pouco, certa vez sonhou com a manivela, finalizando o seu projeto em 1877.


Francis Crick


Francis Crick, um dos cientistas que descobriu a forma em dupla hélice da molécula de "DNA", sonhou com duas cobras entrelaçadas na noite anterior à grande descoberta.


Paul McCartney durante performance live em 2004

O beatle Paul McCartney sonhou com uma melodia, acordou, foi para o piano e compôs “Yesterday”, um dos maiores clássicos de todos os tempos.

Há muitos outros casos de sonhos reveladores em várias áreas da ciência e da arte. O que não impede que os sonhos sirvam também para recuperar a saúde do "organismo" e do "cérebro".

Sonho e Jung

Foto em 1910
Carl Gustav Jung (1875-1961)

O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, baseado na observação de seus pacientes e em experiências próprias, tornou mais abrangente o papel dos sonhos, que não seriam apenas reveladores de desejos ocultos, mas sim uma ferramenta da "psique" que busca o equilíbrio por meio da compensação.Ou seja, alguém masculinizado pode sonhar com figuras femininas que tentam demonstrar ao sonhador a necessidade de uma mudança de atitude.
Na busca pelo equilíbrio, personagens arquetípicas interagem nos sonhos em um conflito que buscam levar ao consciente conteúdos do inconsciente.Entre essas personagens estão:

1)A "anima"(força feminina na psique dos homens)
2)O "animus"(força masculina na psique das mulheres)
3)A "sombra"(força que se alimenta dos aspectos não aceitos de nossa personalidade).

Esta última nos sonhos, são os vilões.Um aspecto muito importante em se atentar nos sonhos, segundo a linha junguiana, é saber como o sonhador, o protagonista no sonho (que representa o ego) lida com as forças malignas (a sombra).
Para se averiguar como, na vida desperta, a pessoa lida com as adversidades, a autoridade e a oposição de idéias.
Jung aponta os sonhos como forças naturais que auxiliam o ser humano no processo de individuação.

Ao contrário de Freud, as situações absurdas dos sonhos, para Jung
, não seriam uma fachada, mas a forma própria do inconsciente de se expressar.Para o mestre suíço, há os sonhos comuns e os arquetípicos, revestidos de grande poder revelador para quem sonha.
A interpretação de sonhos é uma ferramenta crucial para a "psicologia analítica", desenvolvida por Jung.

Abordagem psicológica

Os sonhos seriam uma demonstração da realidade do inconsciente.
Sendo estudados corretamente pode-se descrever, ou melhor, conhecer o momento psicológico do indivíduo.Fazendo uma analogia séria como uma "fotografia" do inconsciente.Por isso, o sonho sempre demonstra aspectos da vida emocional.Os sonhos têm uma linguagem própria.
Pensamos no seguinte exemplo: ao ver duas pessoas estrangeiras que falam um idioma que não é do nosso conhecimento, nunca diriamos que elas não sabem falar.Na verdade, o problema é que não conhecemos aquela língua (sua estrutura, sua gramática, etc).O mesmo acontece com os sonhos, através de sua linguagem que são os símbolos.Para entender seus variados conteúdos, temos que estudar os símbolos.
Utilizando-se do conceito de "complexos" e do estudo dos sonhos e desenhos, Jung passou a se dedicar profundamente aos meios pelos quais se expressa o inconsciente.Em sua teoria, enquanto o inconsciente pessoal consiste fundamentalmente de material reprimido e de complexos, o inconsciente coletivo é composto fundamentalmente de uma tendência para sensibilizar-se com certas imagens, ou melhor, símbolos que constelam sentimentos profundos de apelo universal, os arquétipos.

Sonho e Freud

Foto de 1920
Sigmund Schlomo Freud (1856-1939)


Em 1899 com a publicação de "A Interpretação dos Sonhos", que aborda de uma forma inovativa, os mecanismos psicológicos dos sonhos.O livro explica o argumento para postular o novo modelo do "inconsciente" e desenvolve um método para conseguir acesso ao mesmo, tomando elementos de suas experiências prévias com as técnicas de "hipnose".
Foi em 1900 que deu um caráter científico à matéria.Nesse polêmico livro, Freud aproveita o que já havia sido publicado anteriormente e faz investidas completamente novas, definindo o conteúdo do sonho como “realização dos desejos”.
Para o pai da psicanálise, no enredo onírico há o sentido manifesto (a fachada) e o sentido latente (o significado), este último realmente importante. A fachada seria um despiste do "superego" (o censor da psique, que escolhe o que se torna consciente ou não dos conteúdos inconscientes), enquanto o sentido latente, por meio da interpretação "simbólica", revelaria o desejo do sonhador por trás dos aparentes absurdos da narrativa.

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